
No livro A Crítica da Razão Pura, publicado em 1781 Immanuel Kant, descreve
dois juízos, o sintético e o analítico. O juizo sintético,
permite buscar e agregar mais conhecimento e debates sobre inúmeras
ações e razões, no segundo caso, analisa por si, apenas num juízo do que
já é corrente.
A
meu ver, Jair Bolsonaro trabalha com “sofismas analíticos” que
criticam os principais temas que assolam não só à população
brasileira; mas também à humanidade, como leis que para muitos são
obsoletas, a fragilidade de sistemas punitivos, conceitos formados sobre
o que é certo e o que é errado, trazidos de dentro de religiões e
estudos simplistas de textos bíblicos, todavia, na democracia há leis,
parlamentos, e poderes diversos em um Estado laico, que só são
possíveis com juízos sintéticos, ou seja, que abracem a diversidade e
pluralidade de novas ações, costumes e individualidade. Isso inclui o
direito à liberdade de escolha religiosa, respeito a gêneros diversos e
assiduidade às normativas das lei vigentes. É fácil agir de forma
extrema e causar furor social ao pregar soluções simplistas para
sociedades complexas.
Recentemente,
o presidente americano Donald Trump, foi brando ao falar sobre um ato
extremo de um homem da “supremacia branca” que pertence à doutrinas
racistas e de intolerância. Ele atropelou pessoas que se manifestavam
contra o racismo em Charlottesville (Virginia), nos EUA, uma
jovem morreu. Dois dias depois de fazer um falar de forma superficial
sobre o assunto, a opinião pública, obrigou Trump a fazer um novo
depoimento, condenando os atos dos integrantes da “supremacia branca”
cuja maioria o apoiou nas eleições.
Isso
significa, que nenhum governo, faz o que quer. Há leis, poderes e a
força da opinião pública. Bolsonaro é um engodo, sabe disso, mas fala o
que o povo quer ouvir. É analítico demais para um povo tão plural.
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